A evolução do design thinking no mundo contemporâneo

A abordagem do design antes restrita a estética e utilizada, principalmente, no desenho de produtos, agora inspira a cultura corporativa por meio do design thinking.

A abordagem do design antes restrita a estética e utilizada, principalmente, no desenho de produtos, agora inspira a cultura corporativa por meio do design thinking, uma nova abordagem aos problemas complexos da mudança de era e das rápidas transformações. O design thinking tornou-se essencial para a estratégia e inovação da cultura organizacional, seja no empreendedorismo, intraempreendedorismo ou para as startups.

 

As transformações

A evolução do design começou a ficar aparente e evidente após grandes empresas e marcas declararem que o design estava por trás da estratégia e sucesso de muitos produtos comerciais, e assim diversas organizações começaram a empregá-lo cada vez mais em contextos diversos.

 

Como foi o processo de evolução?

O progresso da inteligência no design se deu pela maturidade atingida do Design Thinking e sua maneira própria de lidar e se adaptar com problemas diversos. Podemos listar uma infinidade de situações complexas vividas pelas organizações, mas um problema em evidência e comum entre elas é dar sentido e valor aos seus produtos e serviços. Especificamente em solucionar dores e atender às necessidades dos usuários e seus elementos de valor (funcionais, emocionais, mudança de vida e de impacto social). Quanto mais elementos são fornecidos, maior a lealdade dos clientes e maior o crescimento sustentado da receita da empresa.

Outro ponto importante é colocar o design bem mais próximo do coração da empresa. Uma empresa com a cultura centrada no design vai muito além de uma função, pois trata-se de um instrumento essencial para ajudar a simplificar e humanizar processos. Não devemos utilizar o design como algo extra, mas uma competência imprescindível. O design tem um conjunto de concepções estratégicas que pode ajudar qualquer um a ter ideias que servem para a vida.

Os pilares do Design Thinking são: empatia, colaboração e prototipação. Pautados por um processo de imersão, análise e interpretação, ideation, desenvolvimento, teste e experimentação. Sempre utilizando o usuário no centro do desafio para a solução de problemas e seguido dos seguintes princípios:

FOCAR NAS EXPERIÊNCIAS DOS USUÁRIOS

Principalmente nas emocionais. Para uma ação bem-sucedida do processo de empatia (a arte de conhecer as pessoas) com os clientes, devemos mobilizar e capacitar nossos colaboradores a identificar os códigos emocionais (comportamentos e palavras relacionadas com desejos, aspirações, compromisso e experiências) vivenciando e observando comportamentos sobre o que as pessoas precisam, querem e desejam, para que possamos descrever os produtos e serviços. Uma proposta de valor tradicional se utiliza de promessas de utilidade e uma proposta de valor emocional é uma promessa afetiva.

CRIAR MAPAS MENTAIS PARA ANALISAR OS PROBLEMAS

Para a construção de uma compreensão mais profunda sobre a relação usuário com o produto/serviço, é fundamental uma ação colaborativa e complementar na utilização de ferramentas de aprendizagem visual e de transmissão ordenada de dados e informações para gerar conhecimento do tema abordado, pois permite pensar de forma criativa favorecendo à sistematização e a visualização das conexões e inter-relações entre ideias e conceito (a arte de criar coletivamente).

Esses mapas/modelos podem substituir planilhas, especificações e outros documentos que costumam compor o ambiente organizacional tradicional. Os mapas mentais (diagrama de afinidades, jornada do usuário, mapa de empatia, etc…) ajudam a desenvolver uma habilidosa forma alternativa de pensar e olhar para um problema.

 

CONSTRUIR PROTÓTIPOS PARA EXPLORAR SOLUÇÕES RELEVANTES

Enquanto os mapas mentais centrados na jornada do usuário exploram o âmbito do problema e auxiliam na ideação, a prototipação se dedica às soluções. Prototipação em design thinking é uma ferramenta rápida de observar os erros e proporcionar acertos antes do seu lançamento e pode ser em forma digital, físico ou mesmo diagramático, e em todos os casos são formas de comunicar e expressar ideias. A prototipação é provavelmente o comportamento mais pragmático que uma empresa inovadora deve ter. Devemos valorizar mais a exploração e experimentação em detrimento do cumprimento de regras.

 

CONVIVER COM AS FALHAS

A inserção da cultura do design nos processos da empresa não é incentivar os erros, mas reconhecer que raramente as coisas acontessem da maneira que gostaríamos, e esses equivocos fazem parte do desenvolvimento de qualquer ideia em produto ou serviço. O importante é remover atributos que não são relevantes e percebidos, e evidenciar  características que oferecem experiências emocionais e compartilham sentimentos.

Não há mais distinção entre estratégias de negócios e experiência do usuário, e nessa mudança de era, talvez a mais impactante da nossa história são muitos os desafios e obstáculos, e colocar as pessoas no centro das decisões faz com que as organizações se posicionem a de fato ter o propósito de impactar vidas. Proporcionar conceitos e ferramentas de como o design interage e se posiciona frente ao mundo cheio de dilemas, complexo, volátil, incerto e ambíguo.

“Absorvemos muitas informações, mas precisamos apresentar uma história autêntica, inspiradora e coesa para as pessoas.”

O design mudou a forma de criar negócios!