A queda da liderança tradicional

Este é o tema central de uma série de conteúdos que estamos promovendo. Leia este artigo em 4 minutos e entenda o princípio desta reflexão.

Segundo os historiadores, quando um fato histórico está em curso, quase sempre é bastante complicado para aqueles que estão vivendo este momento histórico compreenderem a dimensão e seus impactos ao longo dos anos. As repercussões e desdobramentos apenas poderão ser realmente avaliadas anos depois e em muitos casos décadas após tais movimentos ou fatos acontecerem.

Não estamos diante de algo novo apenas de uma constatação real em relação de como nos comportamos aos eventos presentes. Se por um lado vivemos um momento bastante único em relação ao comportamento humano uma vez que estão sendo exigidos de todos nós uma nova relação de interação.

O simples ato de utilizar uma máscara em nossa face protege o outro e não apenas a mim do que posso afetá-lo, assim tenho a ligeira impressão que começamos a compreender a frase “Sua liberdade termina quando começa a liberdade do outro”.

Basicamente, estamos iniciando um processo de entendimento do que é liberdade.  Quando falamos de liberdade estamos dizendo da capacidade que o ser humano tem em ser o dono das suas ações.

Em sua ontológica obra O Livre Arbítrio, Santo Agostinho aprofunda a relação humana com a liberdade. Ele traz à tona a reflexão de que podemos absolutamente tudo, mas, será que tudo convém? Vivemos tempos de reclusão, porém não sem liberdade.

O digital abriu caminho para o infinito, rompeu limites geográficos, mostrou a nudez da natureza, seja pelas maravilhas dos animais, plantas e mares ou mesmo a beleza do corpo humano.

Com ele, o digital, foi apresentado à nos um mundo novo ou melhor uma nova forma de olhar o mundo.

 

A LIBERDADE, pilar da queda da liderança tradicional

O pós-guerra nos trouxe a urgência de atuarmos em conjunto enquanto humanidade. Mas, jamais podemos esquecer que a humanidade não pode ser restringida a Europa, América do Norte e parte do Ocidente. Esse foi o contexto de mundo que de fato entrou nos organismos criados no pôs guerra e realmente aderiram as suas proposições.

A liderança do pós-guerra teve sua base alicerçada no poder, força e determinação. Se esse era o melhor modelo a ser implementado, nunca saberemos, pois, como disse no início deste artigo, julgar os fatos quando já é história é relativamente fácil e em certos momentos até pode ser dito que é um ato covarde, afinal não estávamos naquele momento histórico para ter outra atitude ou ainda caminhando pelo fato de que normalmente repetimos o que a maioria faz é bem possível que faríamos o mesmo que em muitos momentos condenamos.

As últimas décadas, trouxeram para a humanidade uma enorme prosperidade, riqueza e liberdade. Muitos avanços médicos possibilitaram enorme ruptura com os padrões. Um exemplo foi a pílula anticoncepcional que libertou as mulheres dos padrões até então vigentes. A grande inovação tecnológica vivenciada pela humanidade nos últimos 20 anos acrescentou riqueza as nações e facilidade nas interações diversas.

Mudamos nossa forma de viver, nos relacionar e interagir.  Em contrapartida a todas as mudanças vivenciadas por nossa sociedade elas não se refletiram em mudanças na forma de liderar.

Continuamos presenciando a valorização da autoridade, poder e regras. Se por um lado o ser humano procurou ao longo das décadas tentar responder a algumas questões latentes a liderança, por outro iniciou um processo de perda da sua autoridade ou mesmo seu questionamento.

 

A queda da liderança reflete a mudança no ser humano

O indivíduo tem se tornada cada vez mais o protagonista. A busca pela felicidade e a vivencia de um proposito tem colocado o individual no centro bem como suas satisfações e realizações. Autodesenvolvimento, busca por treinamentos e cursos de desenvolvimento das capacidades humanas, alinhamento da essência com a jornada profissional estes são alguns dos movimentos intensamente percebidos nas sociedades modernas.

Quando dos debruçamos apenas sobre as terapias de desenvolvimento pessoal percebemos uma quantidade quase infinita de possibilidades. Isso tudo reflete a sede em buscar uma vida mais alinhada com os valores do indivíduo.

O retorno ao Sagrado é outro ponto que externa esta nova visão de mundo do ser humano atual. O aumento de que somos parte de um todo e este todo tem uma espiritualidade tem levado milhões a buscar uma orientação ou ainda uma melhor compreensão do seu papel no mundo o que em muitos casos tem também originado um sentimento de pertencimento a uma força maior, que aqui chamo de Sagrado. (continua após a oferta de conteúdo)

 

Webinar, artigos e vídeos sobre liderança

A Queda da Liderança Tradicional é mais que um artigo. Já existem vídeos de lives disponíveis e em breve anunciaremos um webinar especial sobre o assunto. Quer ter acesso a tudo isso?

 

A liderança como centro do desenvolvimento humano

Os relacionamentos humanos sejam eles familiares, profissionais ou sociais são na sua grande maioria a maior fonte de desenvolvimento que experimentamos ao longo da vida. Depois destes relacionamentos apenas as viagens têm a capacidade de moldar mais um ser humano apartir das experiências vividas.

Experimentamos durante toda a nossa jornada enquanto espécie alguém que norteou ou mesmo foi um divisor em nossa vida em relação aquilo que somos. O líder desde nossa primeira juventude tem papel importante nas marcas que vamos desenvolvendo sejam elas nas experiências do bem ou do mal.

Quando refletimos sobre a queda da liderança estamos lançando luzes sobre uma perda considerável da capacidade humana de relacionar-se com os outros. Temos, porém, o afastamento do indivíduo da liderança justamente por que ela não compreender as mudanças em curso.

Seria possível pensar que bastaria um novo posicionamento da liderança para que o resgate do seu papel acontecesse, mas estamos diante de algo bem maior que apenas uma mudança de posicionamento.

Estamos diante de transformações com grandes consequências em nossa forma de nos relacionarmos com a natureza, com os outros e com tudo que precisamos para viver. Estamos passando do mundo da posse pelo mundo do acesso inclusive em relação a liderança.

A questão é urgente. A queda da liderança tradicional (ou externa) mostra nossa incapacidade de resposta as questões individuais e globais. Convido você, caro amigo que caminha comigo em nossas reflexões a juntos, aprofundarmos o tema e trazermos possibilidades reais de desenvolvimento de uma nova liderança. Saiba, no entanto, que ela já existe e nasce do mais humano do sentimento.

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