Como entender o que é Cultura de Startup

Bem, tenho falado ao longo dos últimos anos, até com certo exagero, sobre o termo cultura de startup. Para muitos já expliquei, embora alguns continuem sem entender, e assim caminha a humanidade. Enquanto para uns os movimentos são percebidos, para outros eles jamais são compreendidos.

Há pouco mais de dois anos, no entanto, percebi que poderia evoluir nesta temática. E que faria muito mais sentido falar de cultura de startup do que apenas do termo em si. Convido você a caminhar comigo por um momento de mundo todo especial. Vivemos uma era de bonança, mas ela precisa ser percebida para ser vivida. Está disposto a caminhar comigo? Meu convite está feito.

Vivemos na era do acesso, isso é fato. Possuir algo apenas por possuir não faz mais sentido em nenhum aspecto da vida que vivemos. Ter algo por quê? Se de fato o que queremos é utilizar o que este algo entrega. Partindo deste prisma, peço a você que perceba o que é este movimento. Em que a cultura de startup é a coluna vertebral da fase em que o ser humano retorna ao seu lugar central sem o egoísmo de ser Deus.

Neste olhar, a partir desta reflexão, apenas faz sentido viver com propósito tendo a essência individual como ponto de partida.

Propósito e essência

Nascemos para fazer a diferença no mundo. Então, por que milhões de pessoas são turistas no mundo? Caminham por ele sem tocar em nada, literalmente tirando fotos das experiências e sensações sem nunca deixar marca alguma.

Por que viver de forma vazia se nossa existência é exponencial e única? Essência é algo inato e exclusivo. Descobrir nossa essência ajuda a entender o que amamos fazer. Saber o que amamos fazer é cultura de startup. Afinal, como viver de forma exponencial, escalável e rentável sem fazer e ser o que é essencial em nossa existência?

A questão advinda da reflexão do que somos por essência é o que fazer com a potência quando ela é finalmente descoberta, desvelada e pode ser direcionada. Neste ponto faz todo sentido saber a jornada que iremos percorrer.

Este é o propósito. Propósito é a essência descoberta conectada a uma jornada. Há, no entanto, uma questão fundamental nisso tudo. Não somos ilha. Neste aspecto é que a “cultura” de startup entra em cena. Somos exponenciais quando estamos juntos. Sozinhos caminhamos para o vazio ou retornamos a caverna.

Cultura de startup se apresenta então à nossa sociedade como uma forma disruptiva de envolver pessoas. Que reveladas suas essências e com propósitos claros, buscam agregar mais iniciados, para que seja possível resolver a enormidade de problemas deste mundo.

Que nada mais são do que oportunidades na construção de um novo mundo onde somos o que somos, pois nossos valores são individuais e essenciais. Esqueça as leis que rotulam ou encaixotam. Aqui, nossa essência é respeitada, pois outros nos enxergam pelo que somos.

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A beleza oculta se faz visível em cultura de startup

No contexto que explano aqui, fica mais latente a compreensão do que digo sobre beleza oculta. Nossos olhos são condicionados há décadas e gerações a entender, compreender e julgar tudo a partir dos conhecimentos adquiridos e condicionados. Vivemos por décadas a ditadura dos pré-conceitos. Julgamentos, leis e opressões que pouco construirão condições de nos libertar.

A maior angústia deste processo foi ter forjado seres humanos que literalmente acreditaram que poderiam possuir tudo no mundo. Recursos, flora, fauna, mares, enfim, tudo. O que aconteceu? Amigo leitor, veja à sua volta. E, assim como eu, perceba tanta destruição que fica difícil enxergar o homem como um ser evoluído.

A tecnologia cegou também os olhos deste ser humano. Colocou ele na condição de hegemonia dominante. Mudar as espécies animais e vegetais, condicionar os animais, dominar os sentimentos. Ou ainda os invadir a ponto de pensarmos que liberdade hoje é desligar seu smartphone. Que ponto chegamos… beleza oculta é tudo aquilo que não vemos com estes olhos. Então, como entender beleza oculta no contexto de cultura de startup?

No centro está o ser humano, respeitando as demais formas de vida. Porém com sua existência alicerçada pela consciência do seu papel no mundo. Quando tomamos consciência do que somos e da força que temos, podemos transformar tudo e todos.

Mas já sabemos o caminho ao erro. E, desta forma, não ser mais traído por nossos olhos é o mínimo que podemos fazer. Chegamos à era do sentir, não mais apenas do ver. Antes de vivenciar algo é necessário sentir o porquê do vivenciar.

Quando sentimos, estamos em contato com cultura de startup

Em um mundo em que todos acreditam enxergar tudo, quem sente ao invés de julgar ou ter pré-conceitos é Rei! Bem, estou parafraseando um antigo provérbio e adaptando ele à cultura de startup. Caro leitor amigo, para fazer a diferença nesse mundo que apresentei a você é necessário, em primeiro lugar, acordar. Levante a cabeça da lama que tenho certeza que você acredita estar.

Depois de levantar a cabeça, respire. Tenha fé, respire novamente. Pense comigo. Tudo que realmente vale a pena em sua vida é intangível. Você não toca, mas sente. E não consegue me provar, mas é essencial em sua vida. Além disso, não suportaria viver sem as intangíveis essências da Beleza Oculta e da cultura de startup. Olhe mais os intangíveis que dizem mais o que você é do que os tangíveis que podem esconder seu lado mais duro e infiel.

Na primeira oportunidade que tiver de viver o que sente fazendo experiências sem pré-conceitos das suas verdades, lembre-se de mim, você estará vivendo em cultura de startup. Faça parte deste movimento e entre no mundo que precisamos construir juntos. Um mundo de abundância, em que podemos ser o centro sem deixar o sagrado de lado, respeitando a beleza oculta da natureza que não fala.

Gratidão leitor, Benício Filho pelo mundo tentando sempre enxergar as belezas ocultas aos olhos, mas perceptíveis pelo coração e experimentadas pela alma.