CONECTANDO OS PONTOS
Tenho refletido muito em meus momentos comigo mesmo sobre fechar ciclos. Em uma dessas reflexões nasceu uma linha de estudo que será neste ano um dos pontos que propagarei pelo mundo. Chamo essa linha de “Conectar os pontos”.
Mergulhando nas duas obras de Yuval Noah Harari, respectivamente Sapiens e Homo Deus, não consegui passar por elas sem muito pensar em como estamos conduzindo nossas vidas e nosso desenvolvimento pessoal.
Somos fruto e não tenho dúvida da maravilhosa e incrível arte do acaso. Como seres humanos, vencemos quase tudo que podia dar errado e enfim, fomos a espécie que hoje domina e coloca a reboque nosso planeta e os demais seres vivos que coexistem conosco.
Antropologia sempre foi uma das áreas que amava na universidade. Por vezes lia muito mais do que o indicado. Adorava entender o relacionamento humano e sua relação no ambiente em que vivemos.
Esse homem que evoluiu e ficou ereto, aprendeu que sua capacidade de comunicação organizava sua vida cotidiana e propiciava novas formas de viver ampliando seu relacionamento com outros grupos.
Tal capacidade de comunicação evoluiu. Chegou longe, transformou-se em língua, escrita e passou a ser determinante século após século para gerar e armazenar conhecimento.
Mas, qual foi o nosso ponto da virada como seres humanos?
Quanta evolução a capacidade de comunicação nos propiciou como espécie e como o desenvolvimento pessoal ajuda nisto? Até parece que ao se analisar em primeira instância, poderia ser atribuído a ela nosso sucesso evolucionário. Sinto em dizer, mas não foi. Conectar os pontos foi o ponto da virada!
Quando tais grupos humanos lá nos primórdios entenderam que se conectar à outras pessoas de grupos diferentes era fundamental para organizar redes que coexistiriam e não mais guerreavam nasceu o princípio da colaboração.
Nossa espécie, entendeu que somar não é apenas multiplicar descendentes, mas sim contar com outros da mesma espécie que tem valores e propósitos similares aos nossos.
Em minhas reflexões sobre “conectar os pontos”, como caindo uma ficha em minha mente pensei verdadeiramente como estamos mal articulados na solução dos males mundiais.
Sempre digo que “Apenas o Empreendedorismo irá Salvar a Existência do Homem no Mundo”, então porque não saímos da nossa passividade em criar negócios que apenas geram lucro e realmente passamos a “conectar os pontos” com outros que pensam como nós e desta forma transformamos a realidade como um todo?
Vejam não tenho respostas para tudo, não tenho mesmo. O que para mim tem ficado dia após dia mais evidente, é que boa parte dos sistemas que existem de articulação hoje no mundo poucos são capazes de gerar o que mais o mundo precisa, soluções.
Desenvolvimento pessoal: Novas necessidades de continuar conectando os pontos
Vejo alguns ecossistemas de startups surgindo Brasil a fora e renasce em mim a esperança de ver um movimento que realmente solucione problemas em atuação. Nosso maior desafio como humanidade não será criar ou gerar soluções, será a nossa capacidade de conexão. Neste momento de mundo, tudo está a um clique.
Percebo que às vezes parece que falta muito pouco para que realmente tenhamos um tsunami de soluções e transformações surgindo. Vejo isso acontecendo, mas ainda não é na velocidade que precisamos.
Que sejam os empreendedores os portadores desta transformação. Que a conexão entre as pessoas do bem possam prevalecer mais que as Fake News.
Podemos sim transformar problemas em soluções, do plástico no mar à Brumadinho destruída pela ganância. Apenas, não podemos mais esperar.
Nosso desafio? Propagar ao mundo que apenas “conectando os pontos” e focando no desenvolvimento pessoal, poderemos ter a articulação necessária para transformar tudo e todos.
Precisamos relembrar que foi a capacidade de criar redes que nos trouxe como espécie até aqui. Será ela novamente que nos levará a um mundo possível para a próxima geração.
Até a próxima
Benício Filho – beniciofilho.com.br